Em todos os momentos da História, seja na Antiguidade, na Idade Média, ou no nosso tempo, são as mesmas paixões e os mesmos desígnios que inspiram os humanos. Entender a História é entender melhor a natureza humana.

10 de fevereiro de 2018

Politicamente (in)correto



O conceito do politicamente correto, criado, nos anos 1980 por estudantes norte-americanos, tornou-se uma mera forma de etiquetar as pessoas. E as etiquetas só servem para dividir e acirrar ódios.

Muita gente acha que só se pode ser, ou politicamente correto, ou incorreto, ou seja, radicaliza, bem ao estilo de "quem não é por mim é contra mim". Daí ao insulto é um passo muito pequeno e o politicamente correto passou mesmo a ser um insulto para quem exprime uma opinião diferente.

Por outro lado, ao abrigo do "politicamente incorreto", muitos se julgam contestários, veem-se como corajosos que ousam ir contra a corrente, uma posição que é aproveitada para se dizerem alarvidades a torto e a direito, incluindo discursos racistas e homofóbicos. E assim se criou a ideia de que os politicamente incorretos são verdadeiros revolucionários, mesmo quando pertencem à extrema-direita!

Radicalizações são contraproducentes, pois não aproveitam o que possa haver de bom em posições opostas. Em vez de nos andarmos a etiquetar de politicamente corretos ou incorretos, devíamos pensar em aproveitar as coisas boas de ambos os lados da barricada, agindo e falando de acordo com a nossa consciência, sem pensar em politicamentes!


1 comentário:

A Nossa Travessa disse...

Minha querida Cristinamiga

Pergunto: Mas que raio de coisa é o politicamente correcto ou incorrecto? Alguém mo pode explicar? É uma falácia? É um semi algoritmo? É uma fenomenologia? Eu só sei que nada sei dizia o Sócrates (que não o "nosso"...)

Donde o teu artigo é ó óptimo. O bom senso e a nossa consciência são reaal e obviamente as medidas de que devemos usar e... abusar.

Muitos qjs do teu amigo e admirador

Henrique, o Leãozão

Um destes dias tens de ir ao meu barracão, tá?